22 novembro 2008

Desmanche

A garganta aperta num salto. São necessárias meia dúzia de palavras para desmanchar o edifício de quem resiste, mas não sabe pular. Felicitar quem quer se esconder está fora da suportalidade: não se quer. Por uma razão se juntam pedras, cacos, estragos, revistas. O aglomerado se faz muro, impenetrável. Indispensável. Defectível.

Não existe evasão.
Viver é sempre andar pra trás.



(Zeca Baleiro - Cigarro)
Postado por Anônimo às 16:33

3 comentários:

Anônimo disse...

Que fatalismo!!!

bjo

Anônimo disse...

Como é por dentro outra pessoa
Quem é que o saberá sonhar?
A alma de outrem é outro universo
Com que não há comunicação possível,
Com que não há verdadeiro entendimento.

Nada sabemos da alma
Senão da nossa;
As dos outros são olhares,
São gestos, são palavras,
Com a suposição de qualquer semelhança
No fundo.

Unknown disse...

Engraçado perceber que os cacos e as mágoas sem se dar conta é enrolado e vira brasa e ainda, faz a cabeça e solta o riso.

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Deixe a timidade de lado, não posso oferecer um copo de leite com biscoitos, mas vale uma fruta? :)