28 outubro 2008
José Ortega y Gasset¹ quase me convenceu ao falar de uma visão puramente objetiva da arte. Ele é, de fato, convincente em uma primeira leitura, ao se tratar de obras. E é isso que são quando você as desumaniza: puramente produção. Artística? Não. Isso não é arte. Qualquer coisa que tenha a interpretação enfiada em um cano sem brechas - limitado - é objeto.

Objeto só é arte a partir de um ponto de vista. De dois, de três, de quatro, cinco, muitos, vários, todos...

E não existe nada tão lindo, tão vivo e, principalmente, tão humano quanto a arte.


¹ A desumanização da arte - José Ortega y Gasset
(Traduzido por Ricardo Araújo)
Postado por Anônimo às 22:40 3 comentários
28 outubro 2008
José Ortega y Gasset¹ quase me convenceu ao falar de uma visão puramente objetiva da arte. Ele é, de fato, convincente em uma primeira leitu...
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24 outubro 2008

O que seriam?

Promessas pequenas, palavras apenas.





A ilusão tornaria tudo mais fácil, mas a desconfiança é uma víbora dominadora.
Postado por Anônimo às 00:15 6 comentários
24 outubro 2008

O que seriam?

Promessas pequenas, palavras apenas. A ilusão tornaria tudo mais fácil, mas a desconfiança é uma víbora dominadora.
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18 outubro 2008

O paradoxo da espera do ônibus

Um pouco de interatividade.



À parte, para eu não esquecer: "Sou extremista porque quem é moderado na proclamação da verdade, proclama somente a metade da verdade e deixa a outra metade velada por medo do que o mundo dirá." (Gibran)
Postado por Anônimo às 14:37 1 comentários
18 outubro 2008

O paradoxo da espera do ônibus

Um pouco de interatividade. À parte, para eu não esquecer: "Sou extremista porque quem é moderado na proclamação da verdade, proclama ...
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15 outubro 2008

(Ainda) Não foi dessa vez...

Não foi dessa vez...
Que o tempo partiu
Que a boca cedeu
Que o corpo fugiu
Que a vida te jogou para longe de mim.

Joga longe, joga alto. Joga fora, que não presta mais.
Postado por Anônimo às 23:19 1 comentários
15 outubro 2008

(Ainda) Não foi dessa vez...

Não foi dessa vez... Que o tempo partiu Que a boca cedeu Que o corpo fugiu Que a vida te jogou para longe de mim. Joga longe, joga alto. Jog...
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Prosa Patética

"(...) Escorro entre palavras, como quem navega um barco sem remo.
Um fluxo de líquidos. Um côncavo silêncio.
Clarice diz, que sua função é cuidar do mundo.
E eu, que não sou Clarice nem nada, fui mal forjada,
não tenho bons modos nem berço.
Que escrevo num tempo onde tudo já foi falado, cantado, escrito.
O que o silêncio pode me dizer que já não tenha sido dito?
Eu, cuja única função é lavar palavra suja,
nesse fim de século sem certeza?
Eu quero que a solidão me esqueça."

( Viviane Mosé )

Trecho de poema do livro Toda Palavra
Sete Letras, 1997
Postado por Anônimo às 17:03 1 comentários

Prosa Patética

" (...) Escorro entre palavras, como quem navega um barco sem remo. Um fluxo de líquidos. Um côncavo silêncio. Clarice diz, que sua fu...
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08 outubro 2008

Falar por não falar.

Que o escritor é um egocêntrico, já não é novidade. Passa a não existir mais um mundo que possa interferir em si - tudo é sua própria idéia e criação. Mas, acima disso, ele é um preguiçoso (generalização salva como expressão de inconformismo*). Chega o ponto em que ele não quer mais falar de amor, não quer falar de igualdade, de convívio, de declínio, direito ou viés. Vai tudo abaixo, e olhe lá, poderia ser pior e será.

Homens (homens, homens, homens, homens) que não se atreveram - e os que não se atrevem - a remover a bunda da poltrona, e as mãos: essas sempre muito ocupadas escrevendo para que pudessem se desgastar ao serem levantadas em causa dos outros. Homens, burgueses, escolarizados e intelectualóides, muitos querendo discutir liberdade, igualdade e fraternidade - para quem é que eu não sei -, mas nenhum deles se atreveria a sacrificar sua máquina de escrever para lutar por um bem que é da "gente", da ralé. Morrem por suas idéias, por seus livros, por sua honra - jamais por suas ações, por suas virtudes, por seus sacrifícios (sacrifício? Eu? Tá brincando, né?).

Ética biocêntrica e proteção animal é coisa ambientalista-eco-chato ou de mulherzinha-sentimental, não tem qualquer relação com o homem (homem, palavra forte, humanidade dá preguiça), a razão e o convívio social - com o qual eu nem mesmo deveria me importar. Ir pra São Sebastião, pra Taguatinta, Ceilândia, fazer o quê? Ajudar criança analfabeta e vítimas de exploração infantil? Vai fazer outra coisa, larga disso. E vou. Vou viver minha palavra, o resto que se foda.

Com todo (ou nenhum) perdão da palavra, ser um escroto pode não te fazer uma pessoa melhor - mas te inventa um intelectual extraordinário. E quem não quer a vida boa de ficar em casa reclamando do mundo, enquanto ele continua errado lá fora?

E para legitimar mais ainda, inventaram a tal da propriedade intelectual. Pensar agora é produto, que se compra, se importa, se vende e se prende - não tem dinheiro, se vira. E não vale reproduzir, reler ou reinventar - eu que fiz, então é meu. Como se o pensamento fosse único, fechado e exclusivo, não existe interação. Não com quem não pode pagar.

E esse mundo continua assim: restrito aos homens, burgueses, escolarizados e intelectualóides - agora até mesmo com direitos autorais.

* Não que não existam outros escritores ou mulheres.
Isso só não quer dizer que não existam os que são assim - ou que só esses "existam". Credibilidade fica a critério. Sei lá, não quero saber, depois eu penso nisso.
Postado por Anônimo às 16:43 3 comentários
08 outubro 2008

Falar por não falar.

Que o escritor é um egocêntrico, já não é novidade. Passa a não existir mais um mundo que possa interferir em si - tudo é sua própria idéia ...
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06 outubro 2008
A aversão à rotina é a desculpa mais esfarrapada de quem chega às quase quatro horas da manhã de segunda (ou seria domingo?) no intuito de, em uma tentativa mal-feita e frustrada, escrever o que seria uma enumeração de coisas que poderiam ser feitos no lugar de uma aula. A aula está inclusa em uma rotina - mas mudar essa ordem, seja como for, seria estabelecer uma nova. Até dá para entender quando se tratando de um só dia, mas deixando para os demais, vira outra rotina. A rotina de estar sempre pensando o que fazer no lugar do que era antes. E eu não quero pensar no que faria. Poderia fazer um milhão de coisas, e ao mesmo tempo permanecer no lugar sem qualquer produtividade: segunda-feira é um péssimo dia para começar as coisas, principalmente pois é quando todas elas começam. Não me lembro de já ter ouvido alguém falar em começar uma dieta em algum dia diferente, como no sábado ou feriado. É sempre na segunda. O dia de começar novas fases, novas idéias, novos desafios - todos dos quais, provavelmente, nem sequer se terá mais noticia daqui a alguns dias.

Tenho tanta coisa para pensar que o mais provável é que eu dormisse até mais tarde, ou mesmo assistisse a uma aula de Semiótica (é o que eu "melhor" sei fazer em uma manhã como essa, e nem quero me imaginar fazendo outra coisa, e como nem todo dia é o mesmo dia, já estou fora da ordem de qualquer maneira).
Postado por Anônimo às 03:41 0 comentários
06 outubro 2008
A aversão à rotina é a desculpa mais esfarrapada de quem chega às quase quatro horas da manhã de segunda (ou seria domingo?) no intuito de, ...
Postado por Anônimo às 03:41 0 comentários