No equilíbrio não há derrotas. Não há vitórias.
No equilíbrio não há nada.
Não quero viver uma vida equilibrada. Não quero alinhar e nem igualar minhas extremidades. Se existirem opostos essenciais, que sejam opostos vivos. Opostos intensos. Quero viver aberta, quero viver intensamente, quero pular de alegria, quero viver minhas dores. Quero ser (estar) extrema, intensa, viva e livre. Livre para cometer erros e livre para acertar de vez em quando. Livre para me prender, livre para me soltar, livre correr e não saber quando parar.
A felicidade é sempre mais intensa quando a dor que se experimenta é igualmente forte.
No fundo, somos todos egoístas, mesmo que não sejamos todos. Somos o que somos porque assim é melhor: sermos nos inclui longe da particularidade de nossas próprias negações.
Sendo assim, somos todos egoístas, da nossa própria forma que não quero explicar. Explicar não seria justo. Não hoje.
E entender não seria a mesma coisa.
Te perdes primeiro. Assim, perdido que te encontras.
Mesmo que nunca te aches...
